Como criar meninos melhores para o mundo?

Em algum momento da incrível jornada de educar uma criança, muitas famílias se perguntam se estão fazendo o trabalho da forma correta. Para essa dúvida não há resposta exata, afinal, a formação dos pequenos é construída com base em experiências das pessoas ao redor e do que eles mesmos, como indivíduos, aprendem. Mas, apesar disso, é possível evoluir e assim como tornar meninas mais empoderadas, também criar meninos diferentes para a sociedade.

Estar atento aos valores e referências que são passados aos filhos é algo importante, principalmente nos primeiros anos em que os pequenos absorvem tudo. Dessa forma, a melhor educação é aquela baseada, sobretudo, no respeito, na empatia e no fortalecimento dos vínculos.

Ser responsável por um filho não é uma tarefa fácil, é preciso se questionar e desconstruir conceitos. O tempo passa e as coisas mudam, trazendo a necessidade de repensarmos nossos valores, principalmente quando o assunto é a educação e criação dos filhos. Na sociedade ainda existem diferenças quanto a ser homem e ser mulher, por isso, além de pensar na criação de maneira geral, os pais devem refletir sobre a melhor forma de criar as meninas para que se tornem mulheres fortes, seguras e independentes. E, é claro, meninos que se tornem homens que respeitem a opinião das outras pessoas, não façam distinção de gênero ou reproduzam machismo e preconceitos.

Desde cedo, priorize os diálogos sobre respeito e limites quanto a seu corpo e espaço em relação ao outro. Respeitar que “não é não” é muito importante e compreender o que isso significa dentro das relações, também.

Permita que seu filho se expresse e esqueça aquela história de coisas de meninos e coisas para meninas. As crianças são livres de julgamentos e preconceitos e faz parte da infância se divertir, brincar e se expressar. Incentive seu filho a explorar o mundo, descobrir seus talentos e quem sabe sua profissão no futuro. Jamais se esqueça de que um dos seus papéis como pai ou mãe é mostrar que ele é capaz de tudo, ser quem quiser e fazer o que quiser.

Desconstruir a ideia da masculinidade relacionada à agressividade é essencial. Mostre para seu filho que ele pode ser ouvido sem a necessidade de gritar, ameaçar ou até bater nos outros. Pelo contrário, incentive-o a demonstrar suas emoções e sentimentos. Chorar não o fará menos forte ou corajoso e nem menos “homem”, mas faz parte da vida e reprimir sentimentos de tristeza não é nada bom para o emocional.

Jamais relacione amor com violência. Dizer que o menino puxou o cabelo de certa menina porque essa é uma maneira de demonstrar que está interessado nela é muito errado. Na verdade, a abordagem é completamente contrária, você deve conversar e mostrar que amor é carinho, cuidado e respeito e que demonstrar que gosta de alguém deve ser algo positivo, a partir de atitudes de afeto.

As referências para as crianças são fundamentais, por isso, certifique-se que seu filho está próximo de bons exemplos de homens, para que ele se espelhe em ações e atitudes positivas.

No ambiente familiar, mostre que todos têm seu papel fundamental na casa, na organização e tarefas do cotidiano. Além de desenvolver mais autonomia, seu filho entenderá que não existem papéis para homem e mulher quando o assunto são as obrigações domésticas. Todos convivem juntos e devem ser igualmente responsáveis pelo cuidado e limpeza do lar, claro de acordo com a faixa etária.

A dica mais importante é sempre conversar e sobre todos os assuntos, dúvidas, anseios e medos. O diálogo aproxima e, juntos, pais e filhos podem falar, ouvir e debater ideias e opiniões. O desejo por um mundo melhor começa por nós e criar os filhos para serem homens responsáveis, gentis, participativos e felizes faz parte disso!

Compartilhe este conteúdo:

Compartilhar no facebook
Compartilhar no twitter
Compartilhar no whatsapp
Compartilhar no telegram

Conteúdo Relacionado