“Amigo é coisa para se guardar, debaixo de sete chaves, dentro do coração (…)”. Esse trecho da “Canção da América”, de Milton Nascimento, traduz muito sobre amizade e companheirismo, que pode se dar em diversos ambientes como no Colégio, no bairro e em família.
Quando a criança inicia a vida escolar, ela também começa a trabalhar as relações sociais, já que antes conhecia apenas as pessoas que moravam e frequentavam sua casa. Neste momento, os amigos passam a fazer parte da rotina e contribuem uns com os outros para o desenvolvimento. Por conta da pandemia, esse contato diário passou a ser online, mas continua sendo fundamental.
Entre os benefícios da socialização, mesmo virtual, neste período, estão o desenvolvimento da autoconfiança e empatia, ajuda no processo de comunicação e aprendizagem, geração de autonomia, controle emocional, melhora nas relações interpessoais, expressão de sentimentos e respeito.
Dependendo da idade do seu filho, você precisará ajudá-lo com sugestões de atividades para ele fazer com o colega, sozinho ou até com a família. Algumas ideias como plataformas educativas, leitura e a contação de histórias, assim como os bate-papos sobre filmes e séries que fazem parte do universo deles, podem ser legais para manter esse contato.
E como ficam os adolescentes?
Se com os pequenos os pais acompanham a maior parte das interações, os adolescentes já possuem mais autonomia para usar a internet e se conectar aos amigos. Com as relações já estabelecidas, o contato virtual faz parte do dia a dia e é encarada com mais facilidade. Mas, de igual modo, manter as conexões com os amigos é fundamental e ajuda na qualidade de sua saúde mental.
Nesta idade eles têm a necessidade de interagir e pertencer a algum grupo, pois é neste envolvimento que ocorre a troca de conhecimentos sobre assuntos diversos, desenvolvem o senso crítico, melhora a sua comunicação e a expressarem suas opiniões e sentimentos, ajuda a controlar as emoções, respeito ao outro, autonomia, responsabilidade, entre outros.
Mas os pais também devem se atentar ao tempo excessivo de exposição às telas do computador e celulares, para que outras tarefas importantes e indispensáveis não sejam deixadas de lado como estudar, ficar com a família, cuidar da alimentação e exercícios.
Acompanhar o que o seu filho faz na internet é essencial para protegê-lo de quaisquer danos provocados por conteúdos indevidos, fakenews e de pessoas má intencionadas.
Diante de tantas mudanças e adaptações, possivelmente sairemos desta fase mais resilientes, empáticos e, sobretudo, valorizando ainda mais o contato com os nossos amigos e familiares!
