A linguagem da internet, ou “Net Speak”, como também é conhecida, é uma realidade na era digital. Os adultos estão ficando cada vez mais tempo navegando nos espaços virtuais e essa tendência já é algo que também acontece com as crianças e adolescentes.
É claro que a linguagem tem a característica de se adaptar a diferentes meios e nesse caso faz parte do código de comunicação desses espaços, sendo uma escrita eficaz para sua finalidade. Para a educação, no entanto, o uso exagerado pode ser um tanto preocupante, já que em ambiente informal como são as redes sociais é comum usar gírias, abreviações, escrever sem pontuação e trocar palavras pelos divertidos emojis, gifs e memes. Esse tipo de escrita ágil facilita o contato, mas pode confundir e até prejudicar o aprendizado escolar.
Desde pequenas, as crianças aprendem como é importante ajustar a comunicação ao meio que estão inseridas, portanto, quando falamos sobre a linguagem da internet, para elas acaba funcionando como um dialeto, mais próximo da oralidade e diferente da norma culta. É importante lembrar que diversas palavras que surgiram na internet foram incorporadas na linguagem formal. É o caso de expressões como deletar, avatar, baixar e muitas outras.
Em sala de aula, professores podem inserir temas como o “internetês”, adequação da linguagem informal e formal, segurança na internet e as fake news através de materiais online, vídeos e animações. Já em casa, os pais devem mediar o uso da internet e redes sociais, oferecer sempre boas leituras e manter um bom diálogo afetivo em família, sobre todos os tipos de temas e dúvidas dos jovens.
Tudo em excesso pode ser prejudicial e nesse sentido, tanto o usar demais a internet quanto não acessa-la, mas vale o equilíbrio e bom senso. Quando falamos em tecnologia aliada a educação, os benefícios para serem explorados quanto a aprendizagem podem ser gigantescos. Por isso, para a formação completa das crianças e adolescentes, é evidente a importância da parceria entre Escola e família.